[O Globo] A moda se debruça, há mais de dez anos, sobre o quão complicada a vida pode ser para quem tenta se adaptar ao jogo de tendências. E foram tantas criadas no século XX que, após a virada do milênio, tudo pareceu ter se exaurido. Por isso, as temporadas de verão 2023 de Milão e Paris, as duas cidades mais importantes do calendário internacional de desfiles, versaram sobre essa exaustão. Busca-se o essencial, e ele não dialoga apenas com o fetiche ou as camisetas básicas resistentes no armário. “Houve uma procura por atemporalidade, com cores menos vibrantes e menos estampas. A mensagem é que as peças são feitas para durar várias estações”, resume a analista de tendências do birô WGSN, Mariana Santiloni.