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Como a WGSN utiliza os dados das passarelas para determinar futuras tendências?

Nessa entrevista com Morgan Spaulding, Analista de dados na WGSN, exploramos nossos dados de desfiles e passarelas, a primeira das nossas cinco fontes de dados, e porque essas informações são fundamentais para o nosso processo de previsão de tendências.
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Nessa entrevista com Morgan Spaulding, Analista de dados na WGSN, exploramos nossos dados de desfiles e passarelas, a primeira das nossas cinco fontes de dados, e porque essas informações são fundamentais para o nosso processo de previsão de tendências.

Morgan Spaulding, Data Analyst, WGSN
Morgan Spaulding, Data Analyst, WGSN

P: O que você faz na WGSN?

Meu papel na WGSN é relatar as mudanças e o desempenho do mix de produtos, tendências emergentes, modelos e cores a cada estação. Esses são dados usados em muitos de nossos relatórios, incluindo Análise de varejo, Inteligência de mercado, Resumo aos compradores e Resultados de varejo. Durante a temporada de desfiles, me concentro principalmente nos relatórios de Análise das passarelas, que usam dados para destacar as principais tendências, mix de produtos por categoria, designs, silhuetas, tecidos, cores e estampas da última temporada.

P: Qual papel os dados extraídos dos desfiles (“Passarelas”) desempenham em nosso processo de previsão de tendências?

Os dados das passarelas desempenham um papel importante em ajudar os clientes a entender e implementar as futuras tendências em suas coleções para a próxima temporada. Os dados podem ajudar a identificar tendências que vêm crescendo de um ano para o outro (a/a) para os clientes explorarem e em quais categorias apostar.

P: O que a biblioteca de imagens das passarelas tem?

A biblioteca de passarelas da WGSN contém três milhões de imagens, abrangendo mais de uma década de desfiles de 120 designers apresentados nas cidades de Nova York, Londres, Milão e Paris. Isso inclui coleções principais e pré-temporada. As imagens recebem tags de acordo com as modelagens, designs, tecidos, além de detalhes de manga e decote.

P: Como você analisa os dados de um desfile? Como as imagens da passarela ajudam a prever as futuras tendências? 

O time de imagens coloca tags nas fotos de um desfile, marcando em cada peça a modelagem, detalhes e enfeites, comprimento, tipo de manga, tecido, cor, estampa e padronagem.  

As tags são quantificadas para fornecer um panorama anual geral, o que significa que é possível observar, por exemplo, que existem 25 blazers no O/I 21/22 vs 75 blazers no O/I 22/23. Ou seja, vemos um aumento anual de 200% nos blazers. Se fosse esse o caso, os clientes poderiam pensar em como o blazer se adaptaria em suas próximas coleções e quais modelagens funcionariam melhor para seu consumidor final.

P: Como você monitora as tendências de cores?

Combinamos nossos dados das passarelas com dados de IA colhidos nas redes sociais para nos ajudar a detectar e rastrear tendências de cor. A IA detecta cada peça de vestuário em uma foto e extrai sua(s) cor(es) predominante(s), estampa/padronagem e outras características-chave. Ela pode identificar um vestido azul, uma blusa vermelha e uma calça preta, por exemplo. A IA pode até determinar o tom, se é claro, pastel, escuro ou médio.

WGSN Catwalk data
WGSN Catwalk data

P: Como varejistas e compradores podem usar esses insights para se planejarem com antecedência?

Vamos pensar num exemplo com uma tendência específica. Conforme demonstrado pelo gráfico abaixo, o ombré/tie-dye foi a estampa que mais cresceu na P/V 22, mas apenas 7% dos itens na passarela foram ombré/tie-dye. Com esses dados, sinalizamos aos nossos clientes que, embora o ombré/tie-dye seja uma estampa de tendência onde apostas, é melhor evitar fazer um estoque muito grande na estampa tie-dye, pois essa proposta tem uma presença menor nas passarelas.

Dados das passarelas WGSN 

Outro exemplo são os vestidos, que entraram em declínio durante o pico da pandemia. A penetração de vestidos nas passarelas diminuiu, pois blusas e partes de baixo avulsas aumentaram sua participação no mix de vestuário. Isso se alinha com o que vimos no mercado de e-commerce de vestuário. No entanto, à medida que avançamos para a era pós-pandemia, vimos na temporada mais recente que os vestidos estão crescendo nas passarelas  – novamente seguindo o exemplo do mercado de e-commerce de vestuário.

As passarelas podem dar um vislumbre do que é importante, desejável e comercializável para o consumidor final em um determinado momento. Os consumidores compraram blusas e calças de malha durante a pandemia e houve uma explosão desses itens nas passarelas. Agora, com os vestidos subindo nas passarelas do O/I 22/23 e no e-commerce, há uma nova demanda por esses itens à medida que o mundo reabre. Essas são informações valiosas que compradores e varejistas podem usar para planejar com antecedência as próximas temporadas.

Para mais informações sobre o TrendCurve+ e nossas previsões baseadas em dados, visite nosso site ou solicite uma demo clicando aqui.  

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